Feliz Natal
Época de renovar votos.
De fazer pedidos,
Lembrar esquecidos,
Perdoar perdões.
Época da magia, empatia,
Do amor e compaixão.
Pois só assim,
nascem os milagres...
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Época de renovar votos.
De fazer pedidos,
Lembrar esquecidos,
Perdoar perdões.
Época da magia, empatia,
Do amor e compaixão.
Pois só assim,
nascem os milagres...
Nas sombras
Gigantes monstros, melancolia, mil trevas
Ouve-se a escuridão.
Cruel, selvagem, impiedosa
Aqui,
Onde o mundo é negro
E masoquista.
Juntei o meu pé ao teu,
No meio de nós dormia o amor.
Colossal
As peles eram ásperas,
de quem precisa de abraço,
Com mel e melaço.
Toquei o meu pé no teu,
Desejei-te boa noite,
O beijo ficou por entre as persianas
Que te recusas a fechar.
Passa-me a taça dos sonhos.
Deixa-me entre o tenro e o estaladiço,
Põe em prática os teus engenhos,
Os nossos corpos num reboliço.
Enquanto os dedos lambo,
Suga-me os sonhos e a libido dela.
Com as ancas eu sambo,
Feitas de sonhos, às vezes canela.
Come-me os sonhos e as entranhas
Espalhando, pelo chão, o azevinho.
Enquanto a minha pele arranhas,
Com a língua, os teus prazeres adivinho.
Sinto o frio percorrer-me desde o calcanhar às pontas dos dedos dos pés,
Cheira a terra molhada!
Um verde intenso, faz-me sorrir pela magia que se inspira por entre as árvores antigas
De mim exalam perfumes de eras remotas, as cores sabem a algodão-doce, a caramelo, aos nenúfares dos lagos nos quais a vejo entrar.
Permito que se banhe, envergando o fato que os seus pais lhe deram à nascença… a pele é leite, os cabelos uma floresta, os olhos, de uma criança que pisa este meu mundo pela primeira vez.
Nada me mete medo, sou filha da terra e os meus pés sabem o caminho para o seu coração.
O mistério conduz-me ao verde intenso, de sons extraordinários e uma escuridão que não amedronta, mas que afronta.
Trago a coragem ao peito e a rebeldia debaixo dos caracóis infantis… sou filha da terra!
Conduzo-a numa valsa, a dança entre a natureza e a beleza, torno-a rainha deste lar que sou eu, desta casa na qual a permito entrar.
As ervas roçam-lhe os tornozelos, afavelmente… nos troncos existem colmeias de mel, criadas no inicio dos tempos, mel com que a sacio, com que a deleito… os musgos são a frescura, as sombras um jogo… ao longe, aranhas tecem camas de embalar… para ela, a minha floresta trabalha, como um príncipe encantado cavalgando um alazão em direção à paixão.
👉 poema a duas mãos com Carlos Palmito
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