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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

18
Nov23

Não decides tempestades


Tu não decides as tempestades. Tu és as tempestades!

Aquelas que rompem no céu encoberto de nuvens tenebrosas, zangadas, indomáveis.

As que te fazem tremer, que te eriçam o cabelo, que te cravam os maxilares um no outro, que te vincam as rugas até aos ossos.

És as cólicas que te revoltam o intestino, és os violentos gritos presos às cordas vocais, e, também, a cólera que mora no desespero do circunstancial.

Não controlas o mundo!

Não tens rédeas, não tens mapas, não há trilho que te faça caminhar direito.

Perdeste-te no arejar de um vento que inventaste. A bússola rodopiou vezes e vezes sem conta até não teres mais pontos fixos. Os cardeais perderam o norte, o sul, o este e oeste. E o que parecia garantido, de nada serve aos olhos irados do imprevisto.

Não decides as tempestades, elas decidem por ti!

Encharcam-te os sapatos de esperanças e orações mal ouvidas. Águas de tempestades vividas. Águas das dores que mais ninguém sentiu.

Não decides tempestades!

Cansada, olhas o céu de nuvens farto:

“As tempestades alguma vez param?”

— Não — responderam-te. — Mas os arco-íris também não. — reconheci-lhe a voz, vinda de longe, de onde as almas não têm nome.

A tempestade tem o peso das tuas cores.

21
Dez22

Bem-vindo inverno!


Gelou-me a ponta do nariz,

A ponta dos dedos,

Os pés custam a aquecer.

Tremeram-se os ossos

Que tentaram acordar na madrugada.

O ambiente sente-se frio,

Mas o aconchego é quente.

 

Na escuridão dos dias curtos,

A tristeza espalha-se rápido

Através dos tons cinzentos do céu e do fresco cruel do ar, que em neve se faz fluir.

O amor abraça-me

num sinónimo de família

Que agasalha calorosamente o meu coração

Onde a chama do outro é a brasa que me acalenta

Assim se achega o ambiente natalício

Com as suas luzes e as lãs que me vestem a pele

 

A chuva cai insana lá fora

E, desgraçadamente, me molha os pés,

Porém, com a mesma graça, é a que me faz adormecer em som de fundo

Enrolada numa manta felpuda

Num clima tórrido

Proveniente da lareira acesa.

 

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Um desafio proposto por Carlos Palmito (@c.palmito) na tentativa de descrever esta estação com um só sentido, sabem-me dizer qual é?

 

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