Delírios de Natal
Passa-me a taça dos sonhos.
Deixa-me entre o tenro e o estaladiço,
Põe em prática os teus engenhos,
Os nossos corpos num reboliço.
Enquanto os dedos lambo,
Suga-me os sonhos e a libido dela.
Com as ancas eu sambo,
Feitas de sonhos, às vezes canela.
Come-me os sonhos e as entranhas
Espalhando, pelo chão, o azevinho.
Enquanto a minha pele arranhas,
Com a língua, os teus prazeres adivinho.