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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

18
Abr24

O coração no lugar certo


Tenho finalmente o coração no lugar certo - junto ao teu. És poucos meses de pessoa e já me conquistaste pela vida fora. Foi crescendo um peso no meu peito, o peso do amor incondicional, que trespassa qualquer barreira, um peso pesado, da tamanha responsabilidade do que esse amor representa. Cresceu exponencialmente e continua a crescer a passos tão largos que, às vezes, sinto que vou estourar de emoção. Rasgar a pele anafada de alegria, rebentar os pulmões do ar que se respira somente amor, afogar o coração neste mel viciante.

Oh Mariana,

És a minha pessoa preferida, o meu serão predileto, o melhor sorriso de todos, os olhos meia lua mais expressivos que conheço. E se há lugar onde gosto de morar é no teu sorriso, minha filha. Se há sítio onde pretendo estar sempre é no teu olhar, para que nunca te falte o Amor, o meu - o incondicional.

Quero escrever nas subsistências da memória todos os momentos que passo contigo, desde ver-te acordar até que te adormeço, do teu olhar enquanto mamas à tua sofreguidão para a sopa, das tuas gargalhadas duplas e sonoras ao esfregar os olhos nas tuas lutas contra o sono, quero guardar tudo, bem juntinho, para que nunca me falte saudade destes tempos de bochechas macias e fartas.

Eu mordo-me para não te morder, delicio-me com cada refego teu, cerro os dentes para não te apertar com tanta força, a tua voz, o teu riso são a minha playlist preferida!

Sei de cor os teus sonhos, porque sou viciada em ver-te dormir. Sei de cor os teus trejeitos porque me delicio a observar cada gesto teu. Sei de cor o ritmo da tua respiração e… ouvir o teu coração bater é a maior benção que poderia ter.

Tenho o coração no lugar certo, junto ao teu. Tenho a força de uma leoa para te proteger e também a energia que precisas, sem saber onde a vou buscar… este corpo cansado ama-te por inteiro, os meus poros transpiram o derradeiro amor, aquele que não tem fim. E falo-te, agora, deste lugar de mãe, um lugar que, apesar de exaustivo, exigente e corriqueiramente injusto, é e sempre será um lugar único e, por isso, tão tão mágico.

Tenho finalmente o coração no lugar certo, junto ao teu.

09
Fev24

2 anos de luto - Espero que ela te conheça a energia


Tomo o café, todos os dias sem excepção, numa das tuas chávenas. Só porque acredito que assim te invoco para ao pé de mim. Que te sentarás à minha beira e me irás dar cavaco.
Até falo alto, sei que ouves mal… talvez agora pior!
Tento escutar-te, quiçá um sinal de que me estás a ouvir… nada! Mas a fé de que estás comigo consegue tornar-me mais surda que uma porta e ocupa-se de que cumpro sempre este ritual para te ter perto.
Falo-lhe de ti, sabes… conto-lhe como és(eras), das tuas traquinices, do teu português atropelado, das tuas rugas fundas. Encho-a de ti! Quero que ela te sinta, que te conheça como eu conheci!
Mostro-lhe fotografias e vídeos teus e rimo-nos as duas, ela nem sabe bem de quê. Na inocência dela espero que saiba quem és, quando te encontrar por aí… nos olhares que ficam a pairar no vazio.
Neste costume tão nosso, choro… choro a saudade eterna que terei de ti. Choro o lugar à mesa de quem a Mariana não usufruirá. Choro pelas gargalhadas castas que ela nunca ouvirá. Choro pelo colo que tanto me deu e que à Mariana não dará…
Mas ela leva um pouco de ti, eu sei! Encarregar-me-ei disso!
Dei-lhe uma parte do teu coração que trago comigo ao peito, dei-lhe as memórias e presumo que também a rebiteza e o fervor. Veremos…
Encarregar-me-ei de que ela viverá contigo, ostentará a tua graça e será abençoada só por te conhecer a energia.

✨2 anos a (sobre)viver sem ti, avó✨

02
Jan24

Mariana, aos teus 18 anos


Mariana,

O tempo galopou. Correu mais rápido que as rajadas de vento. As voltas ao sol foram na velocidade de um remate forte à baliza do adversário tempo.

Espero ter dado conta de tudo!

Aos teus 18 anos, espero ser uma mãe adulta porreira, que procures para amar e ser amada. Espero ser a mãe que desejaste no dia que me escolheste entrar no ventre. Espero que nutras exatamente o mesmo sentimento que tenho pela tua avó, não menos. Não desejo menos que isso! Que é tanto e um tanto que é tão bom! Como um abraço caloroso aveludado cheio de amor e com cheiro a sorrisos de jasmim…

Escrevo-te esta carta enquanto estás deitada no meu peito, o teu lugar preferido.

Às vezes estou cansada de só em mim dormires, de seres exigente, de quereres tanto a minha atenção, os meus braços, o meu tempo… Chove lá fora e o mundo pode até inundar que, para mim, aqui e

agora, o mundo está todo certo. Enquanto te vejo dormir…

Quero ver-te acordar também, para ser presenteada com o melhor sorriso de todos, aqueles que fazem dos teus olhos fechadinhos duas perfeitas luas minguantes.

A mãe é apaixonada pelo teu nariz arrebitado, herança feminina da nossa casta. Pelos teus lábios perfeitos e os teus olhos amendoados expressivos que me lembram todos os dias o motivo pelo qual me apaixonei pelo teu pai.

Cai-te o pouco cabelo que tens, clarinho e fininho, com cheiro a algodão. Quando ainda vivias no meu ventre quente, imaginei-te uma cabeleira farta e encaracolada, tal como eu. Não importa o que imaginei, tu superaste todas as minhas expectativas! És a mais linda carequinha e não queria que fosses doutra maneira!

Desejo que nos teus gloriosos 18 anos ainda viva a bebé arisca e atrevida que eu conheci hoje, que chama a atenção com falsas tosses, que brinca com os meus mamilos quando já não tem fome, que foge do sono como o diabo foge da cruz. Aos 3 meses de idade, és mais desafiante que qualquer emprego, és mais exaustiva que qualquer actividade física, principalmente nalgumas noites mais agitadas. Mas agora, nada disso importa, por isso mantém essa irreverência para a vida, meu bem, vais precisar dela neste mundo profano!

Segura também a graciosidade, não é à toa que és a “riqueza da avó” e a “bomboca do avô”, seduzes-los com apenas três dedos de conversa e não estou a exagerar!

Já dobras o riso, as tuas gargalhadas valentes fazem explosões de oxitocina no meu corpo cansado. Estás a conhecer o teu corpinho cor da neve, coberto de refegos e… fascinas-me! Com as tuas descobertas, com as surpresas de mais uma habilidade conseguida. És o meu mundo! E olha que a mãe tem muitos mundos, mas tu és o meu preferido!

Eu amo-te filha! Amo-te e todos os dias te amo mais… talvez agora, aos teus 18 anos, nem encontre uma palavra que caiba todo o meu amor por ti.

Não existe palavra com tal tamanho.

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