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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

28
Jun20

#euficoemcasa


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Hoje perfaço 30 dias de prisão domiciliária pelo crime de andar aí à solta.

“Fique em casa”, o apelo tantas vezes feito aos portugueses… Jornalistas, políticos, profissionais de saúde, em anúncios, posts, hashtags… Um hashtag que ficará para a história da humanidade. Quando ficar em casa era tudo o que queríamos, mas sem nos darmos conta que era o que mais precisávamos. Não só para proteger o mundo, para passarmos despercebidos às coronas deste vírus, mas para tomarmos consciência do que é “a nossa casa”.

Apercebemo-nos que a casa com filmes, com series, com jogos, novas receitas, livros, é-nos insuficiente. Apercebemo-nos que estar em casa também é estar connosco, com tudo o que isso proporciona.

#euficoemcasa ganhou outra conotação. Ganhou um cheiro, outra cor, de nuances de sol, ganhou novas melodias em lugares que passam a ser sagrados de outra prespectiva. É ter novas vontades, é alimentarmos não só o corpo, mas também a alma, saudarmo-nos, valorizarmo-nos, conhecermo-nos, estarmos gratos, independentemente das adversidades do mundo lá fora. Porque para combatermos o mundo lá fora, tem de estar forte o mundo cá dentro, em casa.

Agora que nos aprisionam o corpo, a alma tende a soltar-se. Chegamo-nos mais perto, reinventamo-nos, fazemos da criatividade peças únicas e originais, apelamos à nossa intuição, ao nosso eu interior, para se soltar em arte. Nós somos arte. Somos a arte que gostamos de fazer. E com o tempo, sem as pressões habituais do dia-a-dia, o eu interior floresce, trepa-nos, cobrindo todo o exterior em direção à luz, só resta o interior, a luz, onde mora a alma, em casa. #euficoemcasa significa ficarmos mais atentos às vontades próprias do que às impostas. Ficarmos atentos ao que realmente gostamos e não ao que nos impõem para gostar. Em alerta para o quê e quem realmente nos importa. Ainda mais atentos ao que somos que, muitas vezes na confusão diária, se confunde com o que querem que sejamos.

É tempo de se brotarem as flores e descobrirmos que afinal… ah, afinal somos arte!

- 16 de Abril 2020

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