Bem-vindo inverno!
Gelou-me a ponta do nariz,
A ponta dos dedos,
Os pés custam a aquecer.
Tremeram-se os ossos
Que tentaram acordar na madrugada.
O ambiente sente-se frio,
Mas o aconchego é quente.
Na escuridão dos dias curtos,
A tristeza espalha-se rápido
Através dos tons cinzentos do céu e do fresco cruel do ar, que em neve se faz fluir.
O amor abraça-me
num sinónimo de família
Que agasalha calorosamente o meu coração
Onde a chama do outro é a brasa que me acalenta
Assim se achega o ambiente natalício
Com as suas luzes e as lãs que me vestem a pele
A chuva cai insana lá fora
E, desgraçadamente, me molha os pés,
Porém, com a mesma graça, é a que me faz adormecer em som de fundo
Enrolada numa manta felpuda
Num clima tórrido
Proveniente da lareira acesa.
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Um desafio proposto por Carlos Palmito (@c.palmito) na tentativa de descrever esta estação com um só sentido, sabem-me dizer qual é?