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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

07
Jun24

Policromia


Ninguém nos pinta de todas as cores. Somos espectros obscuros, amarrados, dissimulados e livre nos pensamentos. Somos cor, pálidas, garridas, terra, somos policromia. Espirros de tinta que ficou a secar sobre a velha tela. Salpicos coração de várias dermes que tanto tingem como despigmentam.

Ninguém nos sabe de cor. Somos tantos cheiros, tantas memórias, tanta pele, somos tudo dentro de nada ou vários nadas dentro de tudo. Um tudo, todo, tanto sem fundo, fim, nem porquê.

Novelos de cores emaranhadas, nas sombras dos raios de luz mais fulminantes. Tantas são as sombras, quantas mais fagulhas tem o nosso sentir. Tais são os arco-íris, quanto maiores são as trevas que nos incendeiam.

Somos seres camaleónicos, débeis, aguerridos, putrefatos, sorrisos, cuidado, firmeza e, também dor. Somos os nós, o lixo, a flor, abraços, molhos. Somos olhar e… amor.

Somos cordas bambas, hirtas, gastas, rotas. Somos caducos, férteis, passos, despidos, alvos, mascarados, livres e terror.

Somos um coração com batimentos que não são nossos… mas dos outros.

Tocamos a discrepância nas próprias terras e, sem dar conta, semeamos vários “eu’s” em solo estéril. Envergamos o conjunto, sabendo que não sabemos vestir em separado.

Ninguém nos pinta de todas as cores, porque a abundância tem os tons do infinito mesmo num corpo parco.

Somos…

Somos o mundo e uma casa.

Ninguém nos pinta de todas as cores. Somos espectros obscuros, amarrados, dissimulados e livre nos pensamentos. Somos cor, pálidas, garridas, terra, somos policromia. Espirros de tinta que ficou a secar sobre a velha tela. Salpicos coração de várias dermes que tanto tingem como despigmentam.

Ninguém nos sabe de cor. Somos tantos cheiros, tantas memórias, tanta pele, somos tudo dentro de nada ou vários nadas dentro de tudo. Um tudo, todo, tanto sem fundo, fim, nem porquê.

Novelos de cores emaranhadas, nas sombras dos raios de luz mais fulminantes. Tantas são as sombras, quantas mais fagulhas tem o nosso sentir. Tais são os arco-íris, quanto maiores são as trevas que nos incendeiam.

Somos seres camaleónicos, débeis, aguerridos, putrefatos, sorrisos, cuidado, firmeza e, também dor. Somos os nós, o lixo, a flor, abraços, molhos. Somos olhar e… amor.

Somos cordas bambas, hirtas, gastas, rotas. Somos caducos, férteis, passos, despidos, alvos, mascarados, livres e terror.

Somos um coração com batimentos que não são nossos… mas dos outros.

Tocamos a discrepância nas próprias terras e, sem dar conta, semeamos vários “eu’s” em solo estéril. Envergamos o conjunto, sabendo que não sabemos vestir em separado.

Ninguém nos pinta de todas as cores, porque a abundância tem os tons do infinito mesmo num corpo parco.

Somos…

Somos o mundo e uma casa.

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