Quanta saudade guardas tu?
A mesma quantas estrelas possas contar!
Num céu vasto e infinito, consegues contar as estrelas?
Consegues medir o tamanho de um aperto?
Aquele que se desapertava veemente para rebobinar a vida atrás, e vivê-la mais uma vez.
Que peso terá a saudade que carrego no bolsinho nostálgico deste coração? O peso do mundo. Tem peso o mundo?
Quantas mais lembranças, quantas… mais belas… lembranças, mais pesado fica, maiores as lágrimas que nascem nos meus olhos. É um peso, o peso de uma vida partilhada…
Quereria tocá-la, beijá-la, voltar a vê-la, para a fazer sentir-se amada novamente, para que o meu coração pudesse chorar um bocadinho no seu colo.
Será a morte a maior causa de saudade do mundo? Penso que sim. No meu coração foi a morte que me ensinou a verdadeira saudade. A maior de todas, insaciável. Essa derradeira… que todos os dias me mata um bocadinho, ao mesmo tempo que cresce.
Tem tanto de belo, como de triste, esta saudade. Quanta mais guardo, mais triste fico, quanto mais belo foi o que vivi com ela.
Quanta saudade guardo eu? Guardo tantas saudades, quantas mais puder, esperançosa de que sejam capazes de se matar. Um dia…
Quanta ambiguidade…
Quanta saudade…