Dá-me luz!
Guia-me por entre o emaranhado confuso das linhas sobrepostas e entrepostas da vida. Indica-me o caminho, o mais certo. Se não o mais certo, o mais adequado à minha essência.
Diz-me o propósito. Só um, basta-me um! E, prometo tentar-me alinhar com ele. Prometo, seja o que me propuseres, o meu empenho e dedicação. Mas, dá-me um sinal!
Preciso de um salva-vidas, para me manter à tona. Preciso de voltar a respirar oxigénio, daquele puro, capaz de intoxicar os pulmões mais sujos, por partículas cristalinas da dignidade. Sê a minha lufada de ar, resgata-me para a clarividência.
Dá-me luz, quente o suficiente para a alma. Desobstrui-me a mente e faz, das minhas sinapses, um bonito fogo de artifício. Faz-me dessa arte e asseguro que serei portadora de luz para o mundo. Com a honra ao peito, propagarei esse lampejo pelas várias multidões, como um clarão fugaz.
Texto publicado no blog da Valletibooks
Reflexões nº9 dia 27/02/2022
.
Recitação na página de instagram @temjuizo_joana