Pediram-me para falar de Amor
Eu falo de Amor, mas falo de um Amor que não é o amor que se fala por aí.
O que eu acho ser Amor vai mais para além das barreiras egocêntricas de um amor a “pares”. Confundem-no com o amor romântico, o das películas de um romance, mas não é. Este amor, que me pediram para falar, cheira a maresia, é mais do que o desejo entre corpos, é mais do que a atração química de almas, é uma maresia que se inspira e nos invade todas as células do corpo. Eu explico-vos o que é o Amor.
Quem espera amor, amor terá de ser. Para sermos amados, amáveis temos de nos tornar. E ser amável não é procurar o Amor, mas sim encontrá-lo. Onde? Em nós.
Teremos de ser essa maresia altruísta, de um amor universal que aceita todos os seres do jeito e com a liberdade de que são feitos.
Ser amor é saber amar em qualquer circunstância. É dar espaço para ser, saber ser sozinho, saber amar sozinho, o amor próprio, sabem? Depois de ouvir todas as células do nosso corpo, depois de amar todos os contornos da nossa alma, estamos capazes de amar reciprocamente.
Este amor que trago hoje é um aliado ao crescimento individual e ao do outro.
É um de um Azul-turquesa gentil, feito de sorrisos no coração, mas nunca perdendo o seu próprio sorriso. Ele é disciplinado e suave. Dócil e astuto. Empático e mentor.
É saber ser uma extensão do outro, sem nunca perder a identidade.
É um elo ao desenvolvimento espiritual. Amar é ter prazer e ser colaborante no desenvolvimento positivo e individual do outro.
Só isso poderá ser Amor. Porque o verdadeiro Amor não cabe em 4 paredes de uma relação, não sabe estar entre os limites do nosso ego. Amor é tão mais que isso. O Amor é uma religião. A minha religião. Mas há religião que seja nada mais do que Amor? Ter fé que o Amor está na base de todos os valores morais da humanidade? É reconhecer o outro como uma parte integrante deste mundo, que tivemos a graça de encontrar e, por isso, de poder respeitar, de poder amar como tal, como tão simplesmente é.
O Amor que vos descrevo hoje, é o Amor, o único, em que acredito.