Pele
O toque
Até da brisa
A temperatura
O arrepio
A pele de galinha
Aquando da frescura
e ternura
O Conforto
Pela barreira
No sentir
Em pele clara ou escura
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O toque
Até da brisa
A temperatura
O arrepio
A pele de galinha
Aquando da frescura
e ternura
O Conforto
Pela barreira
No sentir
Em pele clara ou escura
“Todas nós estamos presas a compromissos em terra. Ainda assim, o velho mar chama-nos a todas. Todas teremos de regressar” in mulheres que correm com os lobos - Clarissa pinkola estés.
No velho mar, aquele lugar mágico, secreto, nas profundezas do ser, vou fazendo umas visitas. Às vezes pontuais, outras vezes mais prolongadas.
No velho mar, reconstruo-me, faço castelos na areia, de muralhas altas para me proteger. É no som do velho mar, na estrutura das muralhas que vou buscar força. Sou força. Ninguém a é por mim. É lá que escrevo os meus pensamentos, reflito as emoções, o que sou e é lá que o velho mar também as leva. Numa relação de dar e receber. Dou de mim para receber clareza, força e consistência. É lá que vivo algumas estações do ano, é lá que guardo as minhas etapas, é lá que me acolho no tudo o que fui que acompanha tudo o que sou.
Do velho mar saio reerguida, cabelos cheios de sal, cristais do meu desenvolvimento, numa pele brilhante que reluz o amor que recuperei.
Um lugar encantador, que regresso de vez em vez aos pedaços. E de todas as vezes volto inteira.
É opressão moral
É resistir ao patriarcado
É existir em desvantagem.
É ser vista como propriedade
Vulnerável, exposta, desprotegida
Que condiciona a própria existência.
Não é capricho
Não é birra
É uma luta pela igualdade
É ser em “concordância com”
É existir já confinada a padrões.
Mais que feminismo, será humanismo?
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