À mão de semear
Se não tiver à mão,
Torna-se cobiço,
Libera o desejo
Demanda a vontade.
Numa mão que muito quer
Mas não tem.
Estando à mão,
Fazem-se inteiras
As promessas
Cumprem-se ambições
Cheias da fome de ter
E de querer estar.
À mão de semear,
A novidade perdeu-se
Nos caminhos sólidos
Da garantia.
Com a mão cheia de tudo
Mas sem nada estimar.