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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

26
Set20

Trivialidades


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Escolho a roupa no dia anterior. Sempre fiz isso, deito-me a pensar na roupa adequada ao evento, nos acessórios que ficarão bem e no calçado.

No cérebro de uma mulher, mesmo a mais ocupada e intelectualmente inteligente, há sempre espaço para calcular este tipo de futilidades.

No dia seguinte, se tenho a sorte de me sentir confortável naquela roupa, despacho-me rápido. Se não, é um problema que me vai ocupar uns bons minutos de indecisão.

A roupa é nada mais que um enfeite. Enfeitamos o corpo com o que a alma se sente melhor.

Visto-me de cores para saberem de que é que é feita a minha essência. Das cores vivas d’um arco-íris cheio de boa disposição.

Artilho-me de acessórios, só porque os tenho e nunca os uso. A minha profissão não permite.

Ponho o meu melhor perfume. Aquele de verão. Tenho dois, gosto de ter dois. Um para o inverno mais carregado, outro para o verão mais leve e floral.

Maquilho-me apenas com um simples rímel, para sobressair os meus olhos pequenos e escuros. Estou morena, não preciso de base ou sequer de blush.

Na cabeça vão os óculos de sol, só porque tenho muitos e nunca os uso, pelo menos, não as vezes que deveria para a quantidade que tenho.

Agarro a mala que escolhi para o conjunto, calço os ténis de última moda, aqueles por que sou louca.

E saiu, fresca, lá vou eu.

 

Imagem por: Catarina Alves - freezememories_

 

20
Set20

O coração que trago ao peito


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O coração é confuso.

Irriga-nos os ventres

Dá alimento às células

E vida ao corpo.

Um pequeno órgão,

Com tamanha responsabilidade.

Um pequeno órgão,

Que, em instantes,

é capaz de nos tirar  o sopro

O órgão do amor.

 

O amor é também confuso.

De tão confuso que é

Que me tremem as pernas

Por uma química sem explicação.

É um dar sem imposição de receber,

É o brilho nos olhos,

É saudade.

 

Tudo é confuso,

Numa confusão onde me adoro deitar

Só para sentir.

Sentir o sangue, sentir o amor,

É o vício de querer sentir toda a adrenalina desta tamanha confusão.

 

 

"O coração que trago ao peito" foi um título pensado com a ajuda de todos os meus seguidores, a eles, um ENORME obrigada pela ajuda.

13
Set20

O ciclo


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Gosto de um dia bem planeado, apesar de amar a espontaneidade. Gosto de ter o dever cumprido nas tarefas a que me comprometi, mas também gosto de andar ao sabor do vento.
Planos para a vida? Talvez já os tivesse, talvez já tenha realizado alguns.
Mas não é mais interessante quando a própria vida nos surpreende? Eu acho que sim. Quero acreditar que sim, que haverá dias que a vida me prega surpresas daquelas de ficar com o frio na barriga e os olhos brilhantes.

Ter um dia planeado é optimo, mas uma vida planeada pode ser frustrante.
Ter datas marcadas para os eventos importantes, aqueles que ficarão para sempre tatuados em nós. Isso não funciona para mim, amante das surpresas da vida e da autenticidade.
A autenticidade não permite assim, pela sua própria natureza.
Os ciclos da vida não devem ser automáticos. Não quero ser automática, nem que a vida seja tão básica como a mecânica. Não tem a magia de que sonho!
Somos instintivos, mas não somos tão rasos assim.
Os instintos formam os seus próprios ciclos, acho eu. O meu ciclo não tem de ser igual ao teu, nem no mesmo tempo, nem do mesmo tamanho ou nas mesmas condições.
Mas continuam a pressionar-nos para todo um mesmo ciclo automatizado. Quero eu acreditar que é cultural, talvez. O ciclo sempre foi o mesmo desde há séculos e os hábitos tornam-se as raízes poderosas de uma árvore centenária, trespassando-nos as vísceras, de geração em geração.

Não quero fazer parte dessa massa. Quero ter um ciclo só meu, desprovido de planos pontuais e rigorosos. Só porque a vida fará o seu próprio trabalho. E eu confio que o fará da melhor forma, à minha medida.

Imagem por: Catarina Alves - freezememories_

10
Set20

O caminho


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Por onde é o caminho?
Gostava que alguém mo ensinasse.
Para onde vou? O que quero, afinal?
Sou feliz sim, mas, e profundamente feliz, sou?
Falo da felicidade eterna, ininterrupta?
Será que existe? Quando a vou sentir?
Não deveria ter objectivos para chegar a ela?
Objectivos pessoais, insanos talvez, a que me deveria querer comprometer?
Gostava de os saber escrever.
Nem os sei, quanto mais escrevê-los.
Toda a gente tem presente os objectivos materiais, profissionais.
Mas e os outros?

Ensinem-me o caminho, que eu não sei.
Qual é a minha missão aqui?
Quais são os meus dons?
Deveria experimentá-los todos, como se me pusesse à prova, é isso?
A vida não pode ser apenas isto:
Nascer, crescer, trabalhar, ter uma casa, criar família, morrer.
Não pode ser só isto. Sim é muito. Mas, quando me atiraram ao mundo, não era só para fazer número.
Há algo de maior em cada um de nós, ainda por descobrir, pelo menos, ainda assim é para mim.
Há algo de heróico em cada um de nós. Um propósito. Qual?
Por onde hei-de eu começar?
Mas afinal... por onde é o caminho?
.

.

Alguém desse lado com as mesmas questões?

 

06
Set20

Despedidas de criança


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Ver-te com as lágrimas nos olhos é coisa que me dói...

Tu, que adoras brincar comigo, que és louco por mim, como nunca ninguém foi...

Na hora da partida, ficamos com o coração apertadinho, a desejar que nunca aconteça. E tu, és tão forte, com 3 anos, és mais forte que eu.

Com 3 anos, tentam-te explicar que a vida é feita também de despedidas, quando na tua cabeça só passam histórias de encantar. Não quero que te tirem o brilho dos olhos, nunca.

Mas tu és tão forte, ficas ali, paradinho, não queres assistir a despedidas. Só dizes “não vás embora” na tua língua que só alguns compreendem. De olhos vermelhos, cheios de água, mas não choras. És tão forte, tu, quando a mim só me apetece chorar... e choro... mas tu não. Já sabes que os olhos quando não veem, o coração também não sente, ou não sente tanto. Sabes tão bem disso, que só queres que esse momento passe rápido, para te esqueceres dele e voltares às tuas histórias de brincar. Aquelas que vives com um sorriso. Ou até mais que um.

Digo que te amo, sem saberes ao certo o que isso significa. Como podes tu saber o que isso significa? Tantos adultos ainda nem sabem... Mas tu sabes que é uma palavra importante e retribuis-me porque, certamente, tem o tamanho do que estás a sentir.

 

Imagem por: Catarina Alves - Freezememories_

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