Temos um pipi, uma paxaxa, uma passareca, passarinha, papoila, bichinha… já lhe ouvi chamarem muita coisa. Sem pudor, hoje chamaremos de: vulva. Só por ser mais científico. Mulheres, temos vulvas! Somos mulheres, cheias de instinto, sextos sentidos, segundo ciclos menstruais que nos afetam o humor, vivemos de incertezas e de certezas, com uma vulva cheia de poderes! Uma vulva mágica!
De silhuetas diferentes, mas com os mesmos relevos, que nos obrigam a guardar mais acessórios nas gavetas. Marcam-nos cicatrizes no corpo, que guardam memorias e contam histórias excitantes de um corpo.
Somos caprichosas, até na libido. Uma libido que não se vê, só se sente! Um prazer que é preciso procurar, que é preciso conhecer. Vulvas que vêm com um clitóris. O que brinca às escondias, nos actos de amor, só para se fazer de difícil!
E, por ser difícil, abdicamos e fingimos o nosso próprio prazer para prazerar o outro? Que valor tem o parceiro(a) para merecer mais um orgasmo que nós? Não podemos desvalorizar assim o clitóris e dar-lhe um papel para representar. Esse que, mesmo sendo difícil, consegue não nos dar um, mas múltiplos orgasmos de prazer. Pura magia!
Se não, seremos apenas um botãozinho escondido, entre os grandes e pequenos lábios, para tocarmos em horas de SOS.
Somos de uma anatomia que nos permite a penetração. Aquela sensação quente, dura, de invasão, à qual nos moldamos e, por magia, regressa ao seu estado normal. Bem como, uma anatomia que se modifica para dar vida e que, mais uma vez por magia, retorna ao seu estado normal.
Nós damos vida. Produzimos novos seres dentro de nós, só nós temos essa capacidade de fazer crescer sementes a seres humanos. E assim, só nós damos vida ao mundo. E, literalmente assim, no mais alto nível de altruísmo, damos também a vida, se for preciso. Somos magia!
Acreditem que é magia, quando os seios ficam dolorosos e, misteriosamente… dão leite! O leite que dá vida.
Menstruamos. Sem pudores, contactamos com sangue do nosso sangue. Porque vivemos por ciclos. Ciclos que nos definem. Ciclos, por vezes, de dor. Mas, a magia de que falo nunca nos quis causar dor, a dos ciclos, da penetração, a dum pós-parto. Não deveria existir. A natureza concedeu-nos para termos uma única dor, a do parto. E nessa, pedem-nos para sermos fortes. Quando fortes, já fomos a vida inteira.
Por isso, sem pudores, procurem ajuda com a Fisioativa.oficial - Facebook *, aquela que não por magia, mas por dedicação, sabe de quantas camadas as nossas vulvas são feitas. Tem o conhecimento da ciência dos pipis e aplica-o num movimento super feminista de inter-ajuda pélvica.
Por todas estas razões e mais algumas, temos de ser sem pudores… Quando o pudor é um constrangimento à nossa salvação enquanto mulheres, mulheres que, com toda a bravura, se distinguem numa força brutal da natureza!
*Fisioativa.oficial - Instagram