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Tem juízo, Joana!

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

Entre o certo e o errado, o perdido e o achado, o dito e o não dito, encontros e desencontros, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…

27
Mar20

Um corpo em quarentena e uma mente desvairada


um corpo em quarentena.jpeg

Numa altura em que estamos perante o desconhecido, nada sabemos, nada antevemos, enquanto lá fora só existem heróis, cabe-nos ficar em casa, resguardados, à espera.

À espera que se lhe acalme o ego ao Covid, para podermos todos voltar à vida que tínhamos, stressante, sem tempo, numa correria danada, mas… sem medo, sem fugidas à morte.

Não sei o que é pior, se o estilo de vida que levo, se o Covid-19. Ambos podem matar.

Sozinha em casa, nem preciso da tv ligada, a minha mente já é suficientemente ruidosa. Os gnomos loucos que aqui dentro vivem, começam a mandar-me em várias direções. Não sou de estar parada, mas sou de tal modo compulsiva com a calendarização de tarefas, que chego a frustrar-me de não as conseguir cumprir em tempo útil.

Então, no meio de um remoinho de pensamentos desordenados, surge-me esta ideia de criar um blog. E, nesse pé de vento desgarrado, várias ideias e temas para o construir.

Não é fácil lidar com uma mente desvairada assim. Nada fácil.

Gosto de escrever. Sempre gostei. Sinto que sou melhor escritora do que oradora. O meu cérebro é mais rápido e criativo em silêncio, apenas por sinapses, sem ter de se traduzir em letras.

Nalguns momentos, faltou-me a coragem/confiança para ir com isto para a frente.

Mas, já que o corpo não pode ir longe, deixo ir a mente...

26
Mar20

Joana, com juízo, quem sois?


Já estou demasiado habituada a que me chamem de Joana, não sei se apenas um nome me identifica. Como é que um simples nome se pode tornar na nossa identidade?

Por isso, só o meu nome não chega. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música, comida. Isto sim, já diz muito de mim. Considero-me um ser com uma alma colorida, com ritmo no corpo e açucar no sangue. Sou gulosa!

Para os crentes na astrologia, sou Leão com ascendente em Touro. As características do que quer que isto envolva lá no céu estrelado, definem-me bem. Até me assusto!

Odeio o som do metal com metal, faz-me estremecer os maxilares. Ah! E odeio espirros! São barulhentos, sobressaltam qualquer um, borrifam partículas de muco e, por vezes, cheiram mal. Sim, cheiram mal! A cuspo ressequido, a saliva retardada!

Nasci algures em Lisboa, não interessa onde, nem como. Estou cá! E, Vim para ficar!

Deu-me à luz a minha mãe, não podia ser de outra maneira, num seio familiar saudável, acham eles. Amada, ouvida, castigada, respeitada, mimada, palmada, pressionada, porrada, tudo o que precisei de um ambiente familiar saudável, com um irmão mais velho à mistura.

Cresci a ver Disneychannel enquanto comia leite com bolachas maria. Dançava, mas não era o suficiente para combater as gorduras que se foram acumulando em forma de boias e eu tinha 3! Hoje, considero-me “fit”, apesar de adorar comer. Sou adepta do exercício físico e boa alimentação. Mas calma! Não sou fundamentalista! Levo a coisa com leveza.

Porque pesada, já é a minha mente!

26
Mar20

Um blog ?!?


um blog.jpeg

Andei nas pesquisas só para ter a certeza se, a minha falta de juízo, iria ter interesse. Na verdade, é mesmo uma falta de juízo criar um blog sem saber do que vou falar. Afinal, o que interessa o que penso? Ou como penso? Um turbilhão de material abstrato cá dentro, difícil de decifrar?

Na minha mente moram pequenos gnomos loucos que constroem/destroem/remodelam uma personagem com características próprias. Eu.

“Tem Juízo, Joana!”- numa voz esganiçada e terna da minha mãe, foi das frases que mais ouvi ao longo dos anos, não importa a minha idade.

Sempre pensei que ter juízo era o equivalente a:

- Respeitar os mais velhos;

- Não magoar os outros;

- Não mentir;

- Não gastar muito dinheiro em coisas desnecessárias;

- Não chegar tarde a casa;

- Não partir nada;

- Etc, bla bla bla…

À medida que a maturidade vai-se apoderando de mim, concedendo-me o juízo que tanto a minha mãe desejava que eu tivesse, apercebo-me que, afinal, ter juízo não é nada disto. Ou, em grande parte, não é. 

Dou-me conta que ter juízo ainda são, talvez, os primeiros pontos descritos acima e mais qualquer coisinha. Também me dou conta que ter Juízo é bom e, claro, uma atitude sensata da nossa parte para viver comodamente em comunidade.

Mas… perdê-lo, é ainda melhor!

Acho que haverá por aí muita gente louca, sem juízo, que se poderá identificar…

 

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